Outro dia fui à nutricionista e ela veio com um papo de que eu teria de ficar uns 40 dias sem nada de leite e seus derivados... meu, travei total!!! Como assim ficar sem o delicioso leite com
Ovomaltine de todos os dias, sem contar o requeijão, queijos, creme de ricota... morri!!!
Aí reclamei, disse que não tinha intolerância e perguntei o por que deste corte tão radical. Aí ela me explicou todos os problemas da lactose, falou que era uma enzinha difícil de ser quebrada pelo organismo, que por conta disso poderia dar diarreias, inchaço abdominal, gastrite e mais um montão de coisas.
Ensaiei, tentei, ensaiei de novo...
Então decidi pesquisar:
"Quando
nascemos estamos aptos a digerir um açúcar encontrado no leite e em produtos
lácteos em geral, chamado lactose. Esse açúcar quando ingerido sofre
uma digestão por meio de uma enzima chamada lactase.
Ela é responsável por quebrar a lactose em glicose para ser absorvida
pelo intestino delgado e quando não ocorre esse processo, alguns
sintomas como diarreia, flatulência, dores de barriga e inchaço no
abdômen aparecem. Ou seja, a principal característica dessa patologia é quando
a lactase é pouco produzida ou não está presente no nosso organismo. Essa
intolerância pode ser genética ou surgir em decorrência de outras
situações, como: cirurgia intestinal, infecções do intestino delgado causadas por vírus ou bactérias,
que podem afetar as células do revestimento do intestino (geralmente em
crianças), e doenças intestinais, como a doença celíaca.
A
intensidade dos sintomas dependerá da quantidade de lactose ingerida e da
quantidade de lactose que seu organismo tolera. Algumas pessoas são mais
tolerantes do que outras, por isso alguns queijos, leites com baixo teor
de lactose, iogurtes e leite fermentados podem ser consumidos por portadores do
distúrbio, sem sentir sintomas muito severos da doença. O diagnóstico é
determinado através dos sintomas citados e de exames clínicos.
Diferente
da intolerância à lactose, a alergia à proteína do leite afeta em
torno de 2% e 7,5% de crianças e é definida como uma reação adversa contra
antígenos do leite de vaca. Na alergia ao leite, o sistema
imunológico identifica as proteínas do leite de vaca como um agente
agressor, o que ocasiona diarreia, gases, cólicas, distensão abdominal, lesões
na pele, dificuldade de respirar, pequeno sangramento intestinal, entre outros.
Esses sintomas mais comuns aparecem nos primeiros meses de vida e podem se
desenvolver até os 3 anos de idade, diminuindo ou não com o passar dos anos.
Pesquisas
mostram que 70% dos brasileiros apresentam algum grau de intolerância à
lactose, que pode ser leve, moderado ou grave, segundo o tipo de deficiência
apresentada.
Existem
três tipos de intolerância à lactose.
Deficiência
congênita da enzima: é um defeito genético raro, no qual alguns recém-nascidos,
principalmente prematuros, nascem sem a capacidade de produzir lactose. Nesse
caso a intolerância à lactose é permanente.
Diminuição
enzimática secundária a doenças intestinais: bastante comum no primeiro ano de
vida. Nesse caso, a criança tem uma deficiência temporária da enzima, devido à
morte das células da mucosa intestinal, produtoras da lactase, principalmente
quando há diarreia persistente. Assim, o indivíduo fica com deficiência
temporária até que essas células sejam repostas. Não existe um tempo exato para
que isso ocorra, pois depende da resposta do organismo de cada pessoa.
Deficiência
primária ou ontogenética: a mais comum na população. Com o decorrer da vida,
existe a tendência natural à diminuição da produção da lactase a que qualquer
adulto, sem idade exata, está sujeito.
A
intolerância à lactose não é uma doença. É uma carência do organismo que pode
ser controlada com dieta e medicamentos. No início, a proposta é suspender a
ingestão de leite e derivados da dieta a fim de promover o alívio dos sintomas.
Depois, esses alimentos devem ser reintroduzidos aos poucos até identificar a
quantidade máxima que o organismo suporta sem manifestar sintomas adversos.
Essa conduta terapêutica tem como objetivo manter a oferta de cálcio na
alimentação, nutriente que, junto com a vitamina D, é indispensável para a
formação de massa óssea saudável. Suplementos com lactase e leites modificados
com baixo teor de lactose são úteis para manter o aporte de cálcio, quando a
quantidade de leite ingerido for insuficiente.
Pessoa
que desenvolveu intolerância à lactose pode levar vida absolutamente normal
desde que siga a dieta adequada e evite o consumo de leite e derivados além da
quantidade tolerada pelo organismo.
(http://drauziovarella.com.br/letras/l/intolerancia-a-lactose/, http://pt.wikipedia.org/wiki/Lactose,http://www.einstein.br/einstein-saude/nutricao/Paginas/intolerancia-a-lactose.aspx )"
Dureza...
Continuei ensaiando...
Os produtos de soja não rolou muito bem... para falar a verdade não gostei nada.
Um certo dia estava lá no
Face, e vi que ma das pessoas estava usando produtos
LACFREE... foi libertador!!! Perguntei a marca e fui atras. São laticínios sem lactose.
Recomendo. São da marca
Verde Campo, e nem são tão caros assim. Vale muito a pena.
Você deve estar se perguntando se estou totalmente "
lacfree"... então, a resposta é não. Juro que estou tentando. Diminui muito e tem dia que não consumo nada com lactose. O legal é que percebi a diminuição do inchaço abdominal. Vale a pena, viu!
Ivs